Corrompido

Um garoto e seus demônios ;
Sobre o mesmo teto causam escândalo ;
Em noites frias e quietas os demônios pregam suas peças ;
Causando tumulto e murmurando insultos ;
Causando problemas aos reinos vizinhos ,
Os demônios continuam sorrindo ;
Com seus vícios naquilo que lhes mudam ;
Transformando-os em reis demônios aos olhos do garoto ;
O garoto segue quieto ;
Si transformando aos poucos naquilo que os persegue ;
Sobre a luz do dia os demônios si fantasiam de anjos ;
O garoto ao dia segue tranquilizado ;
Guardando toda a fúria em uma caixa que si abre sobre a noite ;
Essa noite que não termina , alongada com uivos e gritos dos demônios ;
Nenhuma noite brilhará;
Com o garoto si transformando ;
Virando um monstro tao grande que afastará os demônios ;
Esse garoto irá mudar ;
Ao sons de gritos e uivos ele si transformará ;
Todos os demônios iram si agonizar ;
Com o terror desse novo ser, os demônios si esconderão ;
E si gritarem ou uivarem, esse novo ser os matarão .

(Luis)

Tempestade em mente humana

Toda tristeza do mundo parece se centralizar no meu peito,
Pesa uma nuvem carregada de chuva,
As vezes derrama garoa, as vezes derrama um torrencial.
É tempestade em copo d’água, em mente humana,
As vezes montanha russa, as vezes carrossel.
Fragmentado em mil pedaços,
Cada qual perdido em si,
É labirinto sem saída, a tristeza não vai sair.
Faz de mim sua moradia,
Tenta me assassinar com as minhas próprias mãos,
Suicídio bate em minha porta, e com dor eu digo “não”.
Ser forte todo dia cansa,
As nuvens derramam, é lama total,
Se eu ainda fosse criança brincaria no quintal.
O tempo é vilão e também o mocinho,
Gera confusão, se erra o caminho,
Mas ainda estou aqui,
Refém dos pensamentos, sem saber o que seguir,
Não vou a lugar nenhum,
Só em todos os lugares que minha mente pode ir.

(Deivi Costa)

Belas Memórias

Tu partiste e eu fiquei,
nesta escuridão sem coração.
Tu partiste e eu tentei,
ficar bem mas não dá sem a tua mão.

Foste sem uma explicação,
e eu nunca soube das histórias.
Hoje em dia o que me resta,
são as tuas e as nossas belas memórias.

Tu partiste e eu fui contigo,
metade de mim também morreu.
Perdi um grande ombro amigo,
só sou agora quem sobreviveu.

(Eunnice N.)

Porquê

Porquê
Porque me obrigas-te a sorrir
quando me querias ver a cair
de um penhasco gelado
com pregos na superfície

Porque me obrigas-te a caminhar
sobre as nuvens brancas
se me querias ver a desabar
como um monte de neve no verão

Porque me obrigas-te a ver
o céu, as estrelas, o universo
quando me querias cegar
com um raio a cintilar

Porque me obrigas-te a viver
porque obrigas-te o meu coração a bater
quando me querias ver congelada
com um olhar fixo para a beira da estrada

(Bárbara Valpaços)