E me perdesse em discussões estéreis e em palavreados inúteis?
Se eu fosse incapaz de levar a certeza só oferecendo dúvidas?
O que você pensaria de mim?
E, se tentando salvar a Filosofia, busca-se um caminho pela matemática…sim a ciência com os princípios absolutamente certos?
É, enquanto não se encontrar algo duvidoso, certo, estável, seguro, nada se pode afirmar.
Se nesse momento eu escrevesse um lema “ Não posso duvidar que eu duvido. É certo que duvido. Se duvido penso. Se penso existo.
Lógico que você pensa que eu copiei tudo de Descartes. Se você pensa logo copiei. Se copiei é porque pensei ter copiado e logo copiei.
Então: duvido que você me ame do jeito que duvida que eu te amo.
Se penso em você…logo desisto.
Porque você não pensa em mim do jeito que pensa que eu penso.
Você existe? Sim, porque ao ver uma coisa sua, tenho uma sensação.
De onde você veio? De mim?
Não! Então veio de fora.
Ora! Então o lá fora existe assim como existe o que sai de dentro de mim.
Se não me ama, me engana.
Se me engana existo…todos que existem são enganados!
Se existo duvido que você possa existir para ser enganada!
E assim, vou tecendo as teias das dúvidas
Com uma única certeza duvidosa : estou vivo! Ou não?
(Carlos Alberto Soares-Cal55)