Meu Galo Índio:

Meu Galo índio bateu asa pra cantá
tá me avisano que o dia amanheceu
salto da cama,vô pra roça trabalhá
já clareô por trais dos monte o sol nasceu.

Cabaça d'água já tá cheia inté o gargalo
a comida e a merenda já tá dentro do imborná
das galinhas já tratei,já dei milho pro cavalo
tirei leite da tramela e soltei ela no curral.

Minha enxada corta mais do que navalha
só me dá satisfação na hora de capiná
o som do seu tinido pela roça se espalha
inté parece araponga quando começa a cantá.

olho pro céu vejo que o sol já descambô
lá bem longe nos confim já começa a relampiá
no buraco dos cupim aliluia arvoraçô
ranco minhoca,pego as vara e vô pescá.

Minha casa,minha roça,meu lugá de diversão
minha vida de caipira eu não troco com ninguém
eu intá sinto orgulho de tê calo nas mão
sou feliz no meu sertão aqui me sinto bem.

Minha mulhé tá de acordo com meu jeito de vivê
a tal felicidade tamém mora no sertão
só é preciso dá bastante amor,e recebê
a lei do bem querê fais muito bem pro coração.

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