A reza da Chuva:

A chuva não chegava e já era meis de setembro,
os mato estava seco fais muito tempo mais eu me lembro.

Como era costume do lugá fazê procissão pra chovê,
a mulherada preparano o andor
enfeitô de toda cor
feis o vermelho prevalecê.

A image de Santa Bárbara inriba daquele andor vermelho
antes de saí todo mundo de joelho
enfrente da igrejinha começaro a rezá.

Umas deiz mulhé,umas cinco criança
rezava na esperança de ver a chuva caí,andava pelas estrada da fazenda
cantando ave-maria,fazeno oferenda,
o andor vermelho chegava inté a reluzi.

De repente não se sabe de onde surgiu aquela vaca braba,
veio bufano inriba do andor de Sata Bárbara,foi uma baita correria.

Jogaro o andor no chão,correro por baixo das cerca,
por riba dos moerão,ninguém mais cantô ave-maria.

A vaca despedaçô a image da santa,
a mulherada ficaro com dor de garganta de tanto gritá e pedi ajuda.
Chovê que é bão não choveu,mais
o que aquela mulherada correu,
foi um tao de deus-nos-acuda…

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