A música é minha companheira,
Quando avanço na pegada do asfalto a noite inteira,
Posso estar certo no andar,
Mas não em correr dessa maneira.
Quando penso em notas, elas se abrem pra mim.
Mas como estar presente quando soar o clarim?
Não vou perceber, nem ao menos notar,
Que o som é ensurdecedor e eu quero cantar.
Uma canção que fale de amor, e de como me sinto só.
Não sei qual escala seguir!
Não vejo o sol que estava lá.
Procuro uma porta para sair,
Mas não quero que tenham dó.
Se fosse fácil, talvez não seria certo.
Se fosse humano seria talvez desonesto.
E a sinceridade ficou perdida numa partitura medieval.
E a vergonha escondida num samba de carnaval.
Vou gritar para dizer que não me sinto bem.
Que o quarto está escuro e a luz não quer acender.
Vou dizer o quando eu quero, apenas meu bem querer.
E se a música não me ressuscitar, vou me calar no além.
MAIS POESIAS EM www.profche.blogspot.com