(por Nathalia Mattos)
Não sei o que tenho feito ultimamente.
Parei para pensar na minha vida, e tentei perceber o que nela se passava.
Imaginei mil coisas e mil possibilidades para o derradeiro estado da minha existência.
Cheguei a conclusão de que o certo não parece certo, o errado parece o ideal.
Os sonhos são fantasias realizáveis e no entanto completamente impossíveis.
As perguntas só têm perguntas e parecem não ansiar respostas.
Tudo isso num turbilhão de acontecimentos que parece não chegar ao fim.
Será que esse frenetismo é pelo que ansiamos?
Será que esse estado de espera contínuo que nos colocamos, como se algo melhor fosse só um sonho, é aceitável?
Não me coloco em situações de perigo por medo de apenas ter medo.
O ser humano tem medo até mesmo de se entregar ao amor, sendo esse o nosso único escape de fé e de esperança.
O medo de errar anula as expectativas de algo maior e melhor, residindo nas ideias loucas e ilusionistas do nosso pensamento.
Amar pelo contrário é abrir um oceano de possibilidades infinitas de felicidade.
Só queremos ficar perto das coisas que achamos certas, onde as surpresas são inevitáveis mas mesmo assim contornáveis.
O sentimento de conforto e comodismo traz o desespero de uma rotina que nos faz estagnar de forma horrível e até mesmo repugnante.
Será que perdi o ego e o orgulho? Ergui pouco a cabeça perante as situações em que me envolvi?
Sinto-me a perder aos poucos a capacidade de ser quem sou.
Conclui também que o desejo de me tornar destemida e imparável cresce, mas quebrar esse ser que me domina parece ser impossível.
Sei que sei ser melhor, sei ser A melhor, o encorajamento eventualmente viria de alguma forma ou de algum lado.
E bem parece que o momento chegou, o de impressionar o mundo com a minha existência, de não me privar de dizer “Sou incrível e extraordinária”.
Com a máxima certeza hoje digo, que viver não é esperar o sonho é fazer a realidade.