SEM MAL AO AU-AU OU MIAU

Canino ou felino,

substitui o que seria vulgar ou elogio ao ser humano.

Pensar que somos melhores que esses seres,

neutraliza definitivamente o entendimento de nosso conhecer,

a convivência deselegante dos supostos donos, regride o ser

humano a idade da pedra.

O despejo emocional de forma agressiva sobre quatro patas,

nos lembra a invenção do fogo, a invenção da roda, a roupa
feita com couro de animal, ou seja, um retrocesso de evolução.

Não há explicação do porque nossa felicidade ou tristeza, nossa

facilidade ou dificuldade, estar relacionadas à essas vidas.

Se estou feliz, ele come bem, dorme bem,

se estou triste ele pagará o alto preço.

A racionalidade cedida ao homem, torna injusto o tratamento

ao pequeno, médio e grande porte com ou sem definição

de raça, também fabricada pelo homem.

O uso do poder em seres incapazes, mostra a impotência em seres capazes,

a covardia explícita nesses casos, demonstra claramente o quão débil está.

A cada chute, água quente, facada, paulada, veneno, tua alma vai ficando
deficiente.

Se pudéssemos entender latidos e miados, veríamos que temos a possibilidade

de fugir de uma solidão, desabafar mágoas sem retribuições,

sem cobranças, a não ser um simples gesto de carinho e cuidados.

Imaginem uma árvore de seis metros que também tem vida, saindo da terra vindo pra cima de você

com "raizadas e galhadas", ai entenderá como os animais sentem-se quando os agridem.

Então não ridicularize-se, não solte o "bunda-molismo" de dentro de si,

não torne-se desigual da tua forma de vida, aproveitando a fragilidade de outra forma de vida.

Cesar Carvalho
cesarcarvalhopoesias.blogspot.com.br

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