Quando eu ia.,

Quando eu ia à Lapa.
Vácuo do olho que me navega
Encontrei minha musa a vagar
Na montanha estrelada.
Ao fosso do antílope dei a lamentar
A falta do que me tinhas.
Quando ando ao luar
Desoriento o calcanhar
No teu colo acalentar
Suave é à noite
Teu feitiço de amortiguar
No teu ventre embalar
Gemido louco
Estou contigo
Seu teu castigo
Afável delicia nua
E quando quero
Te encontrar
Na varanda
Ensolarada
Seguro teu pingente azul
De dia não tem mais nada
A noite que eu te chamo
Vem comigo dançar
Clepiton e Hendrix
Som de quem sabe pompoar
Pompoa no teu leito vadio
Enchente no mar vazio
Rola na cama frenética
Joga teu corpo pro ar
Quando foi engolido pela esfinge
Senti um tremendo arrepio
Gostei, quero voar
Teu peso me balança
Adoro o teu gugunzá
E eu fui tarde
Nem vento rolava dandá
Meu desejo que era tão forte
Virou a canoa arraia
Depois de ido mato
Teu jogo sugeriu abada
Sozinho pedinte e confuso
Vago em Paquetá
O novo se chega
Eu quero o velho arranhar
Se o novo vier bem faceiro
Eu fico contente e arrumo dinheiro
Com aquela que deita na rede
E deixa-me um bilhete
Estranho radiolucido sonho irá
Flutuando pára-raios
Trepando nos girassóis
Comendo rúculas debaixo dos lençóis
Chama teu nome consolo infame
Na catedral de Notre-Deme
Ass., Biosas

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