Manhã Fria de Abril (Para Lívia)

Era uma manhã fria de Abril,
Pequeninos raios de sol convergiam na janela.
Num prisma, traduzindo as côres que viriam, a partir dali,
Colorir a aquarela de minh'alma.
Pétalas de uma violeta bailavam,
Acompanhando a melodia suave do vento,
Entoada em acordes de delicados dissonantes,
Numa composição de sublime amor.

Naquela manhã fria de Abril,
Senti o renascer da alma, o rebrotar do ser.
Meu coração, que calado sofria a saudade, a perda,
Voltou a gritar, como louco. Louco que era, louco que é.

Filha amada do meu coração,
Hoje posso dizer-te, por tão sábia que és;
Trouxeste-me de volta à vida,
Naquela manhã fria de Abril.

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