PALPITA MISTÉRIO I

Acho que sou Jacó deitado em seu próprio leito de amor.
Irmandade precoce, sentimento tardio,
Penso que gosto de você, mas o que realmente sinto não sei dizer.
É estranho pensar assim, é estranho que tudo esteja tão perto de mim!

Eu vi você, mas me perdi, e o seu reflexo nítido eu também pude ver.
Só não percebi que ele me tomava desmedido,
como um sedento que encontra seu oásis após dias de caminhada.

Como poderia eu saciado ainda sentir fome?
Acho que fui enganado mais uma vez!
Sou escravo do meu peito, prisioneiro do meu coração!

As promessas ficaram perdidas no meio de um vendaval de perguntas,
Que eu não soube responder.
Escorreguei meus dedos pelos seus cabelos
enquanto perguntava-lhe: “Se eu fosse embora amanhã você se lembraria de mim?”

E entre histórias que ecoam pelas guitarras em belos solos,
pude perceber como era gracioso também seu sorriso,
Você é carente como eu!Você me entende e é o que eu sei.
Na verdade, é o que importa.

Cada vez a conheço mais, Cada vez mais quero conhecê-la,
Desvendar seus mistérios é tudo o que eu poderia fazer.
E talvez eu até revele os meus, e consiga me mostrar por inteiro.
Oculto nessa imagem que represento, palpita o que verdadeiramente sou!
Eu só queria um amor, um amor calmo e sereno.

Luto com Esaú, sei que ele me perseguirá,
Mas como negar o gosto que tomei pela guerra?
A luta está sendo travada, e o único que tomba é esse que escreve.

Fui ferido, fui alvejado,
Estou em perigo, estou quebrantado,
E quando chegar o dia, cada passo parecerá uma lâmina,
mas também será o rumo do desconhecido, o rumo de seus beijos
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