Nós, selvagens.

Eu não irei sujar minhas mãos com o sangue do mundo, se o meu é que deveria ser derramado.
Não, não podem estar todos errados.
Eu não acredito que a minha consciência é a única correta.
Eu não posso crer que a consciência do mundo está condenada.
Nem sua destruição irá me convencer de que não existem pessoas que lutaram.
Animais não destroem o seu lar, mas fazem dele uma fortaleza.
Não tornem carepa a imagem dos bichos, se os inconscientes somos nós.
E enquanto ninguém bater na nossa cara, enquanto ninguém arrancar nossos olhos e apontar o dedo para o nosso nariz, vamos continuar chutando o traseiro da nossa morada.
Selvagens, somos nós.

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