MÃE DE ALUGUEL (Jô)

Hoje quem se interessa?
Mas ontem quem não percebia?
Sua bela presença trazia emoção e alegria.
Era formosa, inteligente.

Casou-se e teve desta união os filhos
Criou-os com tanto amor e carinho materno
Educando-os com divinos ensinos do caminho eterno,
E nem sua dura lida lhe tirava o brilho.

Mas como cada um tem sua hora de partida,
Foi primeiro o marido habitar no céu,
Deixando-lhe saudades, e sua vida como um batel,
Trabalhando na dura lida para as crianças dar guarida.

Seus cabelos branquearam rápido.
Seu olhar nem sempre expressam mais firme esperança.
Para prover o sustento da família, com a dor e o trabalho fez aliança.
Virtuosa, para não faltar o sustento sempre exigiu de si o máximo.

Agora já envelhecido o corpo, não mais belo.
Rememora tudo, e vê que valeu a pena o esforço.
É dia das mães, nenhum filho vem lhe visitar de novo.
Ora a Deus e compreensiva desculpa-os:
Suas muitas obrigações os impedem de estar com ela.

Sua vida foi o exemplo de dedicação expressa.
Mas como dizia Salomão, o pregador: Eis que tudo é vaidade.
É assim com a própria idade. Foi jovem, forte e bela.
Mas hoje, quem se interessa?

Josias Souza (Jô)
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