Vênus e Marte, O Amor e a Guerra

Hoje despertei sonhando
Com o nobre romance romanesco
Entre o deus da guerra e a deusa do amor
E então me peguei voando
De vagando alto naquele sentimento puro e suave
Inserida no calor do combate sagrado
Entre o amor e a guerra.

Vislumbrei Vênus e Marte
Entre os tórridos lençóis rosáceos
A se enroscarem e a se fundirem
A se arranharem e a se confundirem
Num antigo rito mágico
Da criação do universo
De que nos falavam nossos antigos anciãos
Quando os dois elementos opostos
Frutos do binário da manifestação
Unidos se fundiam
Dando origem ao filho sacro
E novamente tornavam-se um
Como a sagrada família celeste
O dourado resplandescente
Misterium Ternarium!

Eu vi o amor
E o pude sentir
Como a alva nota do silêncio
A tocar melodiosamente meu coração
E tudo o que continha e sustentava
E era por amor que as divindades sustentavam nosso sistema solar
E mesmo nossas galáxias e cometas
E células e planetas
Todos unidos e ritmados
No ritmo da divina dança dos deuses sagrados
Tão antigos que remontam a eternidade
De um tempo esquecido que temos saudade…
Suspirei profundamente
E do alto dos anéis de Júpter
Sucumbi em glória
Dançando a dança alegre do amor.

Clarice Ferreira

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