MATA-ME DE AMOR

Eu vejo uma cor que me encanta em deleite paixão.
É o tom da ternura, coberto com a fúria seca da ilusão
Num corpo novo, de pele dourada e cabelos lisos.
Ainda consigo sentir o ar soturno me despindo do juízo.

Suas mãos livres tocaram apenas o que eu pude notar.
Sua boca rosa, se fez colorida, em cores que quero imaginar,
Mas não posso me deitar, sem antes dar adeus ao sonho
De uma falsa vertigem dentro da altura infinita que proponho.

Saltar, parece loucura. Pode até ser intenso, mas é louco.
Resta-me gritar à pele crua. Grito vazio a plenos pulmões, rouco.
Despi-la ainda quero, mesmo que seja apenas para ver,
Um olhar sincero, que surge mesmo quando erro, perto de você.

Quero ver a marca que o açúcar deixou em curvas.
Um doce encanto, mostrado branco, em meio a pele turva.
Suaviza a força, que explodiu em mantras sagrados,
Eterniza a escada, na busca da rota do céu estrelado.

E as alegorias de uma febre em pele de sabor,
Me dizem o quanto meu corpo ainda precisa de calor.
Eu posso nas passagens de uma paisagem sem lar
Buscar o balde, achar o poço, desenrolar a corda para sua sede matar.

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