A DUE

Nós saímos numa noite em que a lua negava-se aparecer,
Fustigada pelo brilho de uma viagem que abandona a razão.
Corremos pela rua, que toda escura parecia nos esconder.
Escondia-nos das pessoas, dos palpites, e da figura do amanhecer.

A história foi mais ou menos assim,
Quis mandar você pra longe, e você voltou pra mim.
Não importa se pensando nos anos 60 ou nas cruzadas cristãs,
No apego imediato, nas amigas de almas irmãs,

Tudo é tão imediato, tudo é tão real,
Foge de um simples pensamento num momento sem igual.
Desperta o sentimento de um dormente sonhador,
Preso nas falhas da vida, contada por um historiador.

Lembro das noites e das manhãs,
Dos dias que lamentavelmente passaram rápido demais.
Como uma despedida angustiada de um tempo que não volta atrás.
Mas não impede de lembrar, de viajar e de sonhar,
E cada lembrança, cada recordação trará em si uma forma de reviver.

Saímos com passos firmes de quem diz a si e ao outro não,
Acertamos os ponteiros, as horas, o pedido da emoção.
Eu pensei no sonho bom que a noite foi.
Mas o sol trazia consigo imagens que não se perderão
O tempo nem sempre nos ajuda, nem sempre é bom,
Mas cada minuto hoje, é a memória de que nenhum desses instantes foi em vão.
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