poetas

homenagem a carlos drumond de andrade
porque os poetas morrem
se eles trazem presentes
em seus dedos,em seu cérebro
o sonho de toda gente.

falam de amor,de ternura,
de beijos e de carinhos,
e no entanto eles mesmos,
quase sempre estao sozinhos

conhecem o misterio da vida
sabem sorrir e chorar,
enxugam o pranto do outro
e quem o seu vem enxugar?

poeta e sol que queima
e brisa acariciante
e uma estrela que brilha
na noite aconchegante.

tem a alma de criança
da juventude a alegria,
a sensatez da velhice
tudo pare ele e poesia

porque morrem os poetas
se sempre irao viver
nos seus versos que o mundo
jamais deixara morrer.

joao ferreira belmiro braga mg

SiMpLeSmEnTe

Não sou eu que escrevo.
SiMpLeSmEntE minha mão
desliza sobre as retas
descrevendo tudo o que sinto
e o que vejo em você,
e no mundo em que vivo,
nem sempre um mundo real.
Descrevo o bem e o mal,
do meu SiMpLeS ponto de vista.
Que ilude, fascina
e até mesmo conquista.
Faz com q eu te sinta
sem nem mesmo tá perto.
Faz com q eu te perca
por medo do futuro incerto.
Paro, penso e descrevo
SiMpLeSmEnTe como sinto,
as vezes é claro te iludo,
e outras vezes eu minto.
Louco? Quem sabe?
Insano? Talvez eu seja.
Poeta? Não acho.
Mas tenho uma mente fértil
que descreve minhas tristezas.
Até porque, meus olhos disfarçam bem.
Quem me ver, me julga mal.
Pois eu era um menino do bem,
hoje sou apenas um HOMEM normal.

SiMpLeS aSsIm, SoNzInHo!!!!!!!

JANAINA MENINA

Janaina, cabocla menina…
Mãe natureza que mais me fascina
Teu olhar cor de jambo, pequena flor…
Rainha da beleza e deusa do amor.

Janaina pequena, flor menina…
Lábios de mel, olhar que ensina
Dama da noite é seu o luar…
Vida da mata do sol clarear.

Janaina menina, pequena rebelde…
Mãe da saudade, do esplendor da relva
Me ensina a verdade , menina do olhar…
Índia pequena teu lindo colar.

Janaina menina, pequena sereia…
Dona do sol teus passos na areia
Me ensina o caminho me faz a certeza…
Este teu lindo sorriso, menina beleza.

Janaina, cabocla menina…
Dona do vento, da manhã vazia
Teus cabelos assanhados, tua pele macia…
Mãe natureza que mais fascina
Pequena cabocla, Janaina menina.

Em homenagem a Janaina Alves Feitosa
Pelo poeta Marcelo Henrique Zacarelli
20/setembro/1990 Itaquaquecetuba (sp)

ELLEN

E lembrança de um dia que marcou
E lembrança de um lábio que beijou
E lembrança da menina que amou
Ellen, a saudade que ficou;

E lembrança da floresta esquecida
E lembrança da coragem desguarnecida
E lembrança da imagem desaparecida
Ellen, tão cheia de vida;

E lembrança dos caminhos que passamos
E lembrança dos carinhos que trocamos
E lembrança de lugares que sentamos
Ellen, dentre os lábios de profanos;

E lembrança de desejos e vontades
E lembrança de belezas e vaidades
E lembrança de pensamentos e maldades
Ellen, liberdade atrás das grades;

E lembrança da menina insolente
E lembrança de sorrisos descontentes
E lembrança que não sai da mente
Ellen, menina sofrida, ferida e carente;

E lembrança que a distância não separa
E lembrança de momentos que ficara
E lembrança de sentimentos que furtara
Ellen, doença que não sara.

Homenagem a uma garota chamada Ellen
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Dezembro de 2001 no dia 11

O peso da Cruz

Trabalho, luta, fadiga, labuta. Recompensa insuficiente!
Bico, raça, sujeira, trapaça, problema. Mais um rato na ratoeira.
Prisão. Coração a palpitar. Concentração. Mente arrefecida!
Condicional, tempos difíceis. Liberdade cedida.
Crucia protelada por infames preconceitos e desrespeitos.
Dificuldade excessiva. Liberdade evasiva.
Trabalho, luta, fadiga, labuta. Recompensa insuficiente!
Possibilidades estarrecidas de necessária sujeira.
Mente arrefecida!
Tristeza no olhar do inquilino do sofrimento a comungar justiça.
Mente arrefecida!
Oportunidade fulminante de celebre retirante,
cruciado por infames preconceitos de estirpe análoga.
Aceitaram-se, sendo inaceitáveis, nessa amoral e hipócrita sociedade.
Negócio honesto de crescimento exorbitante.
Recompensa não mais insuficiente.
Vida respeitável. Caridade adorável. Destino louvável.
Das portas fechadas às mesquinhas mediocridades,
bajulações inconsoláveis, num fim inimaginável.
Da cruz, antes incarregável, à um crucifixo pendurado no pescoço.
Tão leve, sempre fora, bastava pendurá-la no pescoço.

Rafael Figueiredo

Mulher

Seja ainda no ventre uma criança
Se nasce uma mulher, nasce uma esperança.
Vem ao mundo a gritar e chorar
Como se dizendo pronta para amar e criar

Hora sensível como uma flor
Hora com vontade de mudar o mundo
Mostra a todos que com seu amor
Sabe apreciar cada segundo

Assim é mulher,
Capaz de amar, capaz de gerar.
Por amor sofre sem falar,
Mas não desiste de amar.

Mulheres,
Meninas, adolescentes ou idosas
Todas tem seu valor.
Guerreiras, soberanas.
Assim é a mulher:
Luz, vida e calor.

Firme a meu lado…

Mais um passo
Na direcção do dia
Mais uma noite em claro
Vem para junto de mim…ecoar no espaço!

Mais um arrasto,
De joelhos frente à vida
Prostrado mas contente de rasgado indiferente
Junto a mim…acompanhas-me a lida, no passo de sempre!

Deitado e
Já sem arrasto,
Bebendo dos cantos que me esperam
Sou falhado mas cantado no tom que me aguarda o anoitecer
Julguei-te a meu lado mas para meu prazer, vejo-te de pé a correr!