Ação

O corpo foi feito para abrigar o espírito, dando a ele liberdade de escolher o seu caminho, nesta viagem que o leva ao continente reservado, o conhecimento.
Sendo assim, cada ser busca o melhor meio de se comunicar um com o outro, dentro das regras que a vida põe. Sabe-se que cada ser já conhece a si mesmo.
Fora do corpo o espírito ganha vida, vontade diferente da que tinha em vida, no corpo físico, porém, a vontade revelada nunca é tão aceitável, pois vem sempre acompanhada da verdade.

o diamante

Uma jóia lapidada com revérberos cintilantes
Ofusca-nos a visão pela intensidade de seu fulgor
Refletem de suas faces feixes de luz brilhante
Em raios rutilantes de magnífico esplendor.

Fascina-nos e sensibiliza pelo brilho e beleza
Um matiz intraduzível, um encanto profundo.
Esplende o belo e o sublime com toda sutileza
O diamante lapidado nos abismos do mundo.

Tesouro ofuscante em sua autenticidade
Jóia que resplandece com toda intensidade
O trabalho moroso nos laboratórios da natureza.

Assim somos nós pedras brutas soterradas
Aguardando o momento de serem lapidadas
E poder reverberar toda luz, toda nossa beleza.

o cartão de visitas

A senhora morte a todos nos reunirá
Para a compreensão da verdadeira vida
O seu cartão de visitas ela nos entregará
E suas pegadas por todos serão seguidas.

Atravessaremos as fronteiras do visível
E nas regiões acessíveis a nossa afinidade
Vamos encontrar o nosso mundo invisível
Ao lado da nossa família na espiritualidade.

Ali viveremos a vida que nunca termina
Ali se entrelaçam os corações que se afinam
Pela reciprocidade do sublime sentimento.

Ali o Espírito liberto dos laços da matéria
Pode buscar energias boas nas regiões etéreas
E amparar aqui na terra o irmão em sofrimento

Os mensageiros de Jesus:

Lendo livros de ensinamento espiritual
Sinto o drama dos personagens de outras eras
Entregaram suas vidas abraçando um ideal
Mensageiros de Jesus que combateram o mal
Hoje são luzes que brilham nas mais altas esferas.

Sangraram os pés nas pedreses dos caminhos
Ressecaram os lábios na tortura da sede
Plantaram sementes em terra cheia de espinhos
Marcas sangrentas de um látego e um pelourinho
Na arena devorada pelas feras nas malhas da rede.

Condenados ao trabalho forçado no porão de uma galé
Apedrejados nas praças por manifestantes enfurecidos
Nas sombras da masmorra foram iluminados pela fé
E nos feixes de lenha amarrados e queimados em pé
Mas hoje habitam em mundos bem mais evoluídos.

E nos deram um exemplo de perseverança e determinação
Ensinaram o caminho de um mundo sereno e luminoso
A humildade é a chave que devemos ter sempre em mãos
A caridade é o passaporte para a outra dimensão
O sofrimento é a casca de um fruto muito saboroso.

Deixai tudo, disse o Mestre, e segui os meus passos.
Pegai vossas cruzes e caminhai sem vos lamentar
Não vos deixeis vencer pelo desânimo e o cansaço
Tende sempre em mente que minhas mãos e meus braços
Estarão sempre abertos para vos proteger e abraçar.

Nuvens e pessoas:

Nuvens e pessoas
Nossa vida assemelha-se a nuvens de fumaça
Seguem com as lufadas do tempo que passa
Buscando o horizonte no céu da esperança
Algumas levíssimas quais flocos de algodão
Outras levando no bojo granizos e destruição
Tornando em ruínas um cenário de bonança.

Muitas disseminam sobre a terra a fertilidade
Fecundando a natureza com infinita docilidade
Fazendo germinar em seu seio as sementes
Obedecendo submissas às leis harmoniosas
Despertando da inércia de maneira graciosa
As que se acham no subsolo ainda latentes.

Outras se manifestam de forma impetuosa
Destilando de seu seio a energia venenosa
Existem pessoas que turbilhonam tempestade
As nuvens são efeitos natural de evaporação
As criaturas que levam a maldade no coração
São imperfeições que ainda tem a humanidade.

Ave Cheia de Graça.

Ventre abençoado de pureza e amor
Trouxeste ao mundo o Cristo Redentor.

Adorar só o meio nazareno
Nosso Deus e salvador.

Mais eu te amo
Assim mesmo
Mãe do Rei… Dos Reis
Ventre abençoado
Ventre iluminado
Que gerou…

O Cristo Salvador.

Não posso negar
Nem tão pouco deixar, de ser sincera.

N. Senhora no meu coração
A Senhora está.

A. Maximo Coutinho

A cruz:

A Cruz:
Um grupo fervorosos de caminhantes
Carregavam as suas cruzes ofegantes
Pagando seus pecados pela penitência
Seguiam os romeiros pela rota exaustiva
Entre os personagens daquela comitiva
Um moço lutava com a sua consciência.

Reclamava mentalmente da sua cruz pesada
Suportaria o seu peso até a próxima pousada
Quando os penitentes paravam para repousar
Então sutilmente sem que ninguém observe
Trocaria a sua cruz por outra bem mais leve
Depois da troca feita ninguém iria suspeitar.

No silêncio da madrugada, ele sorrateiramente.
Mentalmente sopesava cada cruz ali presente
Finalmente encontrou a ideal por ele preferida
No outro dia o moço vacilante foi surpreendido
Pois a cruz mais leve que ele tinha escolhido
Era a própria cruz que carregava em sua vida.