Angústia das angústias
É o que amarga minha alma
Pela ingenuidade de ter acreditado
No sorriso da serpente.
Dormi e ceguei-me na ilusão
De um sonho irreal.
Acreditei sem reservas, e,
Para agravar meu mal,
Nas mãos da pessoa errada
Entreguei minha vida! Que triste final!
Pareciam ser de verdade suas promessas.
Sorria, encantava, e falava só de amor.
Tirava todos os espinhos de meu caminho e
Me fazia crer que ao meu lado sempre estaria.
Dizia que eu era o homem de sua vida.
Foi tirando de mim as forças para reagir
Eu só queria ela, a amei como ninguém.
Pediu-me que fosse fiel, e eu fui
Pediu-me que só olhasse para ela, falasse somente com ela
Ouvisse somente a ela.
Nem precisa dizer que tudo isso eu fiz
Dominado pela sensação de haver achado
Meu caminho, minha vida, meu eterno amor
Que engano fatal…
…meu coração chorou!
Ai morte que chegou tão depressa
Logo agora quando eu pensava que renascia
Não sabia que seria assim meu final.
Lembro das mil juras de amor!
Como poderia adivinhar que escondia um veneno
Em seu coração tão duro, frio, calculista e sem piedade.
Como saberia eu que alguém que se dizia ser tão ingênua
Guardava em si o prazer
de usar um amor como o meu, tão real,
Para destruir minha vida em prol dos caprichos seus.
Josias Souza (Jô)
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