Uma verdade Invisível…

Uma verdade Invisível

Por que simplesmente algumas pessoas, não aceitam o fato, inegável de que existem diferenças entre todos, que elas são normais, Constantes e algumas imutáveis.
E sem essas características distintas, a unidade e individualidade estariam fadas a serem sobrepujadas pela coletividade.

Sobre tudo em períodos eleitorais onde o voto torna-se moeda de barganha, um escambo individualizado. Quando na verdade deveria ser o oposto gritante.
Hoje chegando a um sinal de trânsito, quando me dirigia ao trabalho. Passando por incontáveis cartazes e faixas de candidatos, que não faço idéia da onde brotaram (As vezes acredito que se reproduzam de forma assexuada).
Percebi que haviam dois Garotos pedindo ajuda, Um deles branco loirinho o e outro Afro descendente.
Até então, algo normal, se não fosse o fato de que o 1º garoto abordava um carro e recebia um não. Logo em seguida o segundo Menino encostava, no mesmo veículo que antes o branquinho levara um “não”. E magicamente conseguia umas moedas.
Fixei atenção, nos segundo restantes que tinha antes do sinal Esverdear-se. Notei que o fato curioso repetiu-se por 3 vezes consecutivas. Coincidência???
Instigado pela curiosidade, convergi no próximo retorno, voltando ao sinal. Estacionei, caminhei até o garotinho com fenótipo semi-caucasiano. E perguntei:
– Já pensou em mudar de lugar? Seu amiguinho ali sempre consegue umas moedas, Você quase não ganha nada.
“Não tio, eu estou junto com ele, dividimos o que conseguimos.
Mentalmente uma pergunta ricocheteava em meu cérebro. Por quê?
Neste instante o garoto moreno aproxima-se e diz: “Dá uma ajudinha tio!”
Olhando para os dois, naquele momento percebi “uma verdade” incontestável.
Todos, somos um pouco racistas, sim! Isso mesmo racistas, o racismo a que me refiro é um racismo instintivo, quase imperceptível.
Se você tivesse que dar algo para um dos dois, qual você escolheria?
Para o menino de pele mais escura, e seja sincero. Faria isso mesmo!
Por acaso o guri de madeixas loiras, não é tão necessitado quanto o seu companheiro de dificuldade?

Começo a assemelhar nossas opções de voto, a esta mesma situação.
Dentre os milhões de candidatos, optamos melhor por aqueles que mais nos identificamos por questões sociais e/ou interesses pessoais, que por preparação e competência.
Não que Professores, Pastores, Médicos e outros profissionais não sejam aptos e preparados para cargos eletivos de controle do Estado/ Município, se mesmo estes em sua maioria, salvo algumas exceções estão capacitados.
Imaginem padeiros, pedreiros, estivadores e” Metalúrgicos”e sem esquecer, Traficantes obesos.
Agora refletindo melhor, deve fazer total sentido, quem mais qualificado para questões de segurança pública. Que o infrator, aquele que mais a utiliza e a conhece intimamente.
Quem mais indicado para questões de aposentadoria por invalidez, senão um metalúrgico que goza do benefício deste de 1988. Tendo perdido apenas uma falange, do dedo mínimo. Ora metalúrgicos e pianistas, possuem trabalhos tão semelhantes.

Tornou-se praxe, fazer a escolha pensando no menos pior?
Aprendemos a pensar? Isso se podemos dizer que é pensar, fazer escolhas entre: a mediocridade e o mínimo aceitável.
Desde que me compreendo por gente, meus professores excitaram-me a fazer escolhas baseadas na limitação de classe ou instrumento de trabalho.
Como podemos ouvir o depoimento de um professor, candidato a uma vaga no legislativo. Dizer que seu filho estuda em escolas particulares, sendo ele mesmo (professor) componente do setor da Educação Pública. Da mesma forma que o médico do SUS, possui plano de saúde privado. Quanta credibilidade em seus próprios serviços e estruturas de trabalho.

Diante de tamanhas glórias, o que podemos esperar dos próximos 4 anos?
A resposta é simples. E todos já sabemos.
As mesmas idolatrias e circunstâncias…
A única diferença está na forma que as compreendemos, a que posturas iremos adotar e passar a nossos filhos e amigos.

(Arcanjius)
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