MADEIRO EM VÃO

Ao pé da cruz lamúria e ostentação
Hipócritas curvados ao nazismo
A irônica coragem do iconoclatismo
Diante do madeiro obedecendo ao alcorão.

Ao pé da cruz a valentia do pecador
A ordem e progresso constitucional
Não esclarecidas da bandeira nacional
Da corja dos políticos em estupor.

Ao pé da cruz a lembrança do calvário
Antihipocráticos da impunidade
Que fazem estéticas da humanidade
E mancha o sagrado manto sudário.

Ao pé da cruz o olhar do cristo incrédulo
Do mentor da justiça à esquerda crucificado
Do que rouba o pão à direita mutilado
Das feridas sobre o pulso do fincado prego.

Ao pé da cruz as lágrimas de Maria
A sociedade alternativa de pilatos
Seguidores envergonhados de seus atos
Do ignorado cristo crucificado todos os dias.

Ao pé da cruz tristeza e lamentação
O desperdício de sangue no madeiro em vão
Servirão de aviso pelo cristo sofrido
Aos predestinados filhos da condenação.

Pelo autor Marcelo Henrique zacarelli / 15/abril/2002

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