Escárnio das Córneas

Estupefatas meninas zombaram a tua estatura
Arregaladas ainda pelas remelas da manhã
Arregalou-as viçosa e embora sã
Canhestro mal humorado pela altura

Vergalhou-as sem dó e nem piedade
Hipócritas, aflitas, mas sem censura
Abdicou-se do direito de odiar sem cura
Pálpebras ingratas invertebradas de vaidade

Por olhar de cima com a sua catapulta
Irrisoriamente é verdade
Lançou ao mausoléu a sua culpa

Há de arder as tuas ineptas pupilas
Por um colírio de sagaz covarde
Por entregar à própria sorte a filha

*** Soneto***

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Village, Janeiro de 2012 no dia 13.

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