Quantas cartas escritas
Letra esmerada em papel de pão
Resposta nunca teve-uma só que fosse
Todas elas, o destino encontrou
A tempestade que traspassou a vila
Lembrava as donzelas da última festa
Num canto retraido
A figura de um anjo
A luz fraca embalava o silencio
Uma gota de sangue
E um cálice vazio
Perfume de vinho embevecia a sala
Colher as uvas, antever o futuro
Rabiscar no chão de pedras
O amanhã das crianças.