Brisa, mar, praia.
Chuva, avenida, calçada.
Vento, mata, picada.
Garoa, prédio, cidade.
Vida, choro, morte.
Labirinto, partida, chegada.
Morte, doença, vida.
Perdido, estrada, sorte.
Vagueia o cão,
Errante ele vai.
Já não está só,
Com ele vai a multidão.
Sorrateiro, encontra morada.
Aconchegadas a ele, as pulgas estão.
Não é empregado; é patrão.
Seu sangue é sugado…
Praia, cidade, vento.
Mar, prédio, brisa.
Mata, avenida, garoa.
Picada, calçada, chuva.
Perdido, morte, labirinto.
Partida, sorte, vida.
Doença, vida, estrada.
Choro, morte, chegada.
O cão, já não rasteja.
Anêmico ficou; então grita…
Ser patrão, não importa.
As pulgas, estão em alta…
Sozinho, agora se encontra.
Na praia, na cidade, na mata.
A multidão vagueia,
Precipitando-se para a ceia…
Assim é esse mundo.
Belo por natureza.
Feio por influência,
Da ganância efêmera!
José R.P.Monteiro – SCSul – SP [email protected] [email protected]