Confissões

Minhas arestas quem as irá apará-las?
Meus excessos quem os controlará?
A não ser eu mesmo
A tomar as rédeas dos meus ridículos impulsos

Impulsos humanos tão desumanos
Tão pequenos que um animal sabe mais
Ser humano do que sou
Não sei ser, nem ter, nem nada

Meu ego me põe na cruz
Finca em mim os pregos da soberba
Do orgulho, da ganância e da
Falta de amor por tudo e por nada

Minha imagem no espelho sou apenas eu
Mais nada, nada, nada
Não vejo a realidade que penso que sou
Nem posso dizer que me entendo

O entender é saber quem mora
Por trás deste rosto vezes alegre
Vezes taciturno e quem verdadeiramente
Veste esta pele como roupa que envelhecerá.

Por: Oswaldo Moraes
05.05.2012
14h28

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