BARATA

Páaaaaaaaa; páaaaaaaa…
E lá vai outra chinelada,
Páaaaaaaa; agora morreu!
“Que nada”.
O caldo branco escorre.
Imóvel está a besta.
Enquanto se vai buscar a pá
O milagre acontece:
Da morte à vida ressurge.
A besta se move
E com velocidade sem igual,
Corre para o outro canto.
Ao vê-la mais uma chinelada, páaaaa…
Ela assaz fugaz,
Escoa como água
Pelos cantos e frestas;
Passa por ínfimos lugares.
Assim é com essa fera.
Ela causa repulsa, medo, nojo,
Mas o que dizer dela:
É uma criação de Deus
Ou da natureza por Ele criada?
O que importa, é que ela
É útil para algo
Pois na vida, tudo tem utilidade.
Até essa nojenta fera
É útil na natureza.
A ela me assemelho;
Pois desde que nasci
Querem me matar com chineladas.
Mas, como ela; nessa sociedade,
Sou útil para algo!…
O que muitas pessoas não percebem
É que, nem chineladas, nem bomba atômica,
Conseguirá eliminar com essa; nojenta fera…

PEREZ SEREZEIRO
José R.P.Monteiro – SCSul SP [email protected] [email protected]

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