No céu azul
Brilham as estrelas
Que na noite,
Já não vem mais.
Para o mar
Verde esmeralda
Os rios, de cinzas águas;
Já não correm mais.
As virgens matas
Que o ar purifica;
Pelo desmatamento louco;
Já não purificam mais.
O inverno, que as águas congela,
Deu lugar à primavera.
Esta, deu lugar ao outono,
Que deu lugar ao verão.
Quatro estações num só dia;
Mata a esperança do alimento
Nesse mundo avesso, de milhões.
Sabedoria perdida, na ignorância da humanidade!
A pureza da criança
Que traz ao âmago
A alegria do sorriso puro;
Já não traz mais.
A palavra empenhada
Simboliza a honestidade
Trazendo a certeza da moralidade;
Já não certifica mais.
Cumplicidade no casamento,
Registro do amor perpétuo
Onde é solidificada a família;
Já não solidifica mais.
O respeito à liberdade do indivíduo
Faz a sociedade andar uníssono
Sendo único, em meio à multidão;
Já não se respeita mais.
O certo é errado, e vice-versa.
A liberdade libertina do indivíduo
Está acima da unidade social.
A rapidez desenfreada na aquisição
De riquezas e prazeres efêmeros,
Está acima da vida; em geral.
Estamos construindo na destruição
Para no amanhã, vivermos da morte…
Viveremos da honestidade perdida.
Viveremos da inocência adormecida.
Viveremos da família apodrecida.
Viveremos da fé verdadeira, no ateísmo.
Viveremos do próximo amar, no desamor.
Viveremos da paz, em meio o ódio.
Como seria se tivéssemos
O que já não temos mais?
(PEREZ SEREZEIRO)
José R.P.Monteiro – SCSul SP [email protected] [email protected]