À Majestosa Rainha, Palavra

A batida forte do meu coração não justifica minhas ações
Uso a poesia como luz na incerteza da vida que vivo
Sigo um caminho que não escolhi, não aprovei
Me acalenta os momentos que me liberto pelo escrito

Corta minha alma o frio da realidade obrigatória
Um instante reflexivo me oblitera a falta de inspiração
Surge no espírito um pequeno raio de Sol alegórico
A mim é estendida a mão da expressão que me salva da escória

Meu peito sempre aberto a expressar o que diz minha alma
Em conjunto intimam a pena em minhas mãos à escrita
Eis o mágico surgir das palavras no poema que encanta e desarma

Angústia final do poeta: A obra sem espectador
Pobre poema: um barco sem velas, vento sem direção, atração sem amor
Ascensão e queda do efêmero prazer de dominar a palavra …

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