Não tenho que pensar na estrada,
Só preciso caminhar…
Meus passos podem não levar a nada,
Também não sei qual direção tomar
Existe um amor por aí guardado
Pode estar perto de onde nunca estive
Ou até mais distante, aqui do meu lado…
Não está nesta estrada em que me detive
Escrevo versos num velho papel desboto,
Na mesa velha de um velho, velho armazém,
Sob a poeira do caminho que marcou meu rosto,
Vejo o velho rosto , que há muito não via ninguém
Porque parti a procurar amores?
Me questiono por tamanha insensatez,
Se deles me desfiz quando esqueci as dores
E as mesmas esperanças de quando se fez.
Mas, obstinado busco, com paciente zelo,
A musa eterna desse mal latente,
Que castiga a alma em auto flagelo
Qu’extermina a dor no coração da gente
05/07/2009