No mês que vêm

Todo dia, escuridão!
Toda manchete, um tapa!
Toda injustiça, um tombo!

A morte das certezas,
A duvida da justiça.

E agora José?

A honestidade falha,
O governo corrompe?
A população alienada?
Nada faz, nada faz…

Canibalismo a nível social,
Pré-conceito como resposta formal.

Aonde erramos a curva?
Aonde deixamos tudo ficar como esta?

E agora João?
O que fazer Maria?

Não há para onde correr,
A casa é uma prisão…
As ruas da liberdade,
Tem o preço do sangue.

Trabalhadores inocentes,
Assassinos, covardes e ladrões!
Impossível identificar,
Aonde só existe solidão.

Aonde uma pátria se esconde,
Atrás de uma chuteira…
Pé na bunda, parece brincadeira!

Justiça para que?
Justiça para quem?

Acreditamos sempre no discurso na tv,
Aceitamos o dinheiro como verdade,
E quando nos damos conta, a “conta”? Vem!
Em forma de eleição…
Em pacotes de desdém.

Na falta de leitos
O leito da morte,
Faz mais um refém.

Enquanto fechamos os olhos
E esperamos que as coisas melhorem,
Sempre no mês que vêm.

Formas

Forma,
Que deforma…
O intimo,
O publico,
Existencial.
Em forma enlatada,
Vendida em letras garrafais.
Todos assumem seu molde,
Vendido a baixo custo…
Em um lugar úmido,
E tropical!
Soa como desdém,
Um espirro sem querer?
E toma forma,
Fingindo ser…
O que não se tem!