Um incêndio voraz em uma fabrica de tintas
Em breves minutos sua essência estará extinta
Restarão escombros com as cinzas fumegantes
Na visão desoladora surgirá dos olhos o pranto
Das tintas coloridas restará o negro desencanto
E dos anseios ressoará os soluços frustrantes.
O azul do céu tisnou-se com nuvens de fumaça
Anunciando ao mundo a presença da desgraça
Contaminando o ar com emanações venenosas
As labaredas famintas vorazes e destruidoras
Devastando a fabrica de tintas e as suas cores
Destruindo sonhos com velocidade vertiginosa.
As labaredas da discórdia e da incompreensão
Avassaladoras como labaredas da cega paixão
Quando desgovernadas destrói por onde passa
Deixando escombros e nefastas conseqüências
Tornando em cinzas sonhos de uma existência
Tisnando o céu da alma com nuvens de fumaça.