Quando um guerreiro chora
Ele se isola, foge do mundo
E por um breve instante
Ele fica completamente sozinho
Só ele e suas inquietudes
Em um mundo tão distante
Ele pega o seu cavalo
E vaga incólume pelas pradarias
As pradarias verdes da imaginação
O vento companheiro batendo no rosto
O horizonte como seu destino
O refúgio de um valente coração
As lágrimas fugindo pelo ar
Regando o campo dos sonhos
Na fuga tristonha de cada momento
A companhia sem presença
No vácuo constante do universo
Onde até a brisa se torna vento
Os olhos como um oceano sem fim
O rosto duro se transformando em fonte
Mas, as batalhas ainda não terminaram
O dorso da mão vai enxugar as lágrimas
E uma vez mais ele diz para si mesmo
– Homem, guerreiros não choram…
Autor: Alfredo Kleper Lavor