Às vezes
Eu me sinto assim
Sozinho…
Perdido no meio das horas
Olhando para os relógios
Tentando encontrar em cada segundo
Uma palavra sem sentido
Que tempo mais bandido
Esse de agora
Para todos os loucos
Poesia que a gente não vê
Somos todos escravos do tempo
Na grande roda da história
Que impulsiona a humanidade
A felicidade é um estado imaginário
Não quero mais ser escravo do tempo
Nas escadas de um palácio
No meio do espaço
Flutuando entre os planetas
Sou como bêbados cometas
Buscando no amarelado das gavetas
Uma saída desse cinema sem tela
Que se passa pelos cantos da minha vida
Somos todos escravos do tempo
Em um pensamento surreal
No coração cruel e mortal dos homens
Vagando pela imensidão do universo
Na grande nave da Terra