"Mari, Mari, Mari"

Não sei quem és, quisera saber!
Sei que me lês, pois me disseste,
E quando escrevo quero dizer,
A dor que sinto e me entristece,
Ou a falta do amor que faz sofrer.

Os meus versos são tristes, talvez
Eu os faça em momentos ruins,
Na melancolia fugaz que desfez,
A lembrança de amores sem fim,
Um dia destruídos pela insensatez.

Não há razão para me enfurecer,
Te juro! Por isso quero retratar,
Aqui venho pra não me perder,
E com estas palavras a bailar,
Procuro a nostalgia esquecer.

Não quero ouvir o eco do grito,
Desses sons ocos de emoção,
Qual inspiração em conflito,
Que fere o próprio coração,
Abandonado no peito aflito.

Acho até que tenho uma alegria,
Quem sabe, possa também sorrir,
Pois sabemos, quem tem a poesia,
Só se atormenta no afã de permitir,
Que o sofrimento seja uma elegia.

Então, quem sabe! Em plena agonia
Possa usá-la com bela inspiração
E com uma encantadora sinfonia,
Transformar os versos em canção,
Para nos extasiar nesta vã utopia.

04/11/2011

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