Guerra ou paz?

Dias de sombras
noites de penumbras

de adaga ou projétil
de baioneta ou míssel

engedra o homem guerras
invade outras terras

para onde caminha a humanidade
civilizações, povos, raças desaparecem ante a impunidade

por terras, mares ou ares
claroes na calada da noite, invadem os lares

que gente é esta que mata
e solta o último nó que a paz ata

gritos sufocados pelo ruído das máquinas
desespero sem ter para onde ir nas esquinas

povos das montanhas
quiçá encontram uma nova tábua…

enfrentando o rigor do inverno e do verão
tua sina escrita com sangue nas carvernas, que paz ainda terão

Alexandre, "O Grande" não lhes impôs seu império
Gengis Khan sucumbiu por não lhes ter levado a sério

Lordes britânicos bateram em retirada
E mais recente russos experimentaram o fel amargo da derrocada

Quando me deparo a olhar aquela imagem
Da mulher que sem casa, a êsmo, inicia como nômade, longa viagem

Ponho-me a imaginar o destino deste povo guerreiro
Capaz de suportar com dignidade as intempéries e lutar como ferreiro…

AjAraújo, escrito sobre o dilema do povo Afegão, invadido pelos EUA, escrito em 8 de outubro de 2001.
Poema sobre o povo afegão

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