E AGORA?

Busco na fonte um pouco de água pura para que eu possa beber,
Sinto na fronte a noite escura e sem lua onde posso me esconder.
Para fugir de mim! Para fugir do eu que me consome sem que possa ao menos entender,
Ando sozinho para que ninguém me siga e acabe descobrindo aquilo que não quero mostrar
Se correr sei, o cansaço será meu algoz

Sei também que antes de chegar ao deleite, terei esgotado todas minhas possibilidades, Anseios que não me correspondem,
E em palavras que não me satisfazem.
Sinto como que atingido por uma cimitarra que acabou de me partir em dois.
Minha alma também se dividiu e, tenho dúvida, se ainda está aqui,
Meu espírito me consome todos os dias, e todas as noites o procuro outra vez,
Mas ele esconde-se como se quisesse brincar comigo numa aventura desleal.
Por mais que eu tente, já cansei de brincar.

Essas diversões juvenis não são mais somente ilusões.
Acho que voltei a ser criança!
A bem da verdade não sei se um dia deixei de ser.
Mas agora me encontro outra vez escrevendo nomes em cadernos e sentindo calafrios.
Outra vez me buscaste!
E agora não quero lutar!
Seria inútil se tentasse, se desastroso conseguir levantar.
Quantas vezes na vida poderemos experimentar o veneno crotálico daquele que nos entorpece? Daquele que nos atordoa e nos encanta com seu chocalho.
Será que algum dia teremos tolerância
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