O quarto de porta aberta cambaleia com a luz vacilante…
Deitados na cama os corpos ofegantes se queimam…
A vida fora não é levada a ferro, não é importante…
O que importa é que dois ser transam…
Do lado de lá, na moradia da verdade, alguém chora…
Os momentos que passou com a amada morrem com o tempo…
Na frente do espelho seus olhos se misturam com as lagrimas ao ver a frase de sua escrita nora…
Na carta, escrita a caneta azul, o verde se espalha com a paisagem do campo.
Sem saída, com o coração pingando sangue sua mão ganha vida, nasce o revolver…
Fora do raciocínio, mergulhando na agonia e na dor nasce à fúria…
Abatido pelas imagens do que se foi entra o astro que tudo quer e tudo ver…
A temperatura do chumbo rasga a carne e explode o coração com magia…
O tapete bebe o sangue e a decoração é outra…
O corpo perde vida, a vida leva a alma, tudo volta para o barro…
No dia seguinte a noticia, tem quem é a favor e quem é contra…
A verdade chega a todos, alguns chamam de besta e burro…
Sabendo do fato a amante aparece para ver a ação do amor…
De olhos frios a amante não se importa com o que ver, e nada sente…
Fora da sena beija com força a nova vitima e mergulha sem dor…
O fato é, quando se ama a vida não muda, compara Eva e Adão e a Serpente…