O GIRASSOL

O GIRASSOL
Noraldino Garbini
Conheço um pobre girassol tão carente de carinho
Que cresceu em uma frincha estreita tão apertada
Ao lado de um poste em uma praça movimentada
Vivendo oprimido sufocado por um ígneo cadinho.

Todas às vezes quando por ele andando eu passava
Fazia um afago em suas folhas ainda muito novas
E em pensamentos lamentava pela sua triste prova
E desejando boa sorte em pensamentos o inspirava.

O tempo foi passando e foste ganhando mais altura
Às vezes com folhas murchas às vezes bem viçosas
Mas, a via pública sempre foi uma região perigosa.
É por onde circulam as boas e as maldosas criaturas.

Quando avistava com pesar folha jogada pelo chão
No decorrer dos dias notava o seu triste sofrimento
Ao alcance das mãos de pessoas sem o sentimento
Sem a presença sublime do amor em seu coração.

Sua beleza foi mutilada decepada antes de crescer
Eu sentia a sua grande dor a sua grande frustração
Em presenciar as suas flores espalhadas pelo chão
Lamentava sinceramente por não poder te proteger.

A não ser fazer afagos em seus ramos agonizantes
Vendo a sua essência murchar curvando-se pela dor
Por não poder dar as abelhas o mel da sua linda flor
Mas, deste-me uma lição na vida de ser perseverante.

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