Era puro, sincero, sua vida reta a Deus glorificava
Com as cãs embranquecidas ensinava a cada vida o amor
Dos homens todos era amigo, cada um de especial valor
E a interceder pelo bem de todos sempre estava
Duas vezes ao dia se punha de joelhos
Nove horas da manhã e seis da tarde
Eram seus momentos de oração
Mesmo em seu último ano de vida, aos 86
Este hábito conservava
Balbuciando a Deus prece sincera pelo mundo inteiro.
Bem velhinho, porém nem tanto que perdesse o brilho
Nem o tino de ensinar da vida a outros
Sábios conselhos que aliviavam o pranto
Deixando exemplo firme e decidido a cada filho
Nunca se queixou de sua sorte
Enfrentou dura lida, trocou a batina pela nova vida e cumpriu seu papel
Suportou tudo na esperança de possuir o céu
Foi fiel ao seu Jesus até a morte
Hoje sua lembrança está viva em minha mente
E seu exemplo me esforço por seguir com denodo
E apesar de mais fraco, mesmo ao cair, levanto de novo
Quero reencontrar meu avô, que merecidamente
Ao paraíso onde irei, foi apenas na frente.
Josias Souza (Jô)
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