Presas e atadas em ti minhas mãos
Algoz de outrora num lacre em mim
De costas e vendados na escuridão
Ruminando nesse labirinto sem fim.
Por mais que eu tente me libertar
Sangram os pulsos e corpo desse nó
Morte irreversível sufoca-me o ar
Vultos disformes perambulam no pó.
Amordaçados e moribundos sem voz
Num grito seco abafado emudecido
Ecoando na masmorra fétida e atroz.
Decompõe-se meu corpo esvaecido
Regozijo-me fulgurosa na luz veloz
Acordo! Vejo-te novamente comigo!
Lu Lena