SINA!

Presas e atadas em ti minhas mãos
Algoz de outrora num lacre em mim
De costas e vendados na escuridão
Ruminando nesse labirinto sem fim.

Por mais que eu tente me libertar
Sangram os pulsos e corpo desse nó
Morte irreversível sufoca-me o ar
Vultos disformes perambulam no pó.

Amordaçados e moribundos sem voz
Num grito seco abafado emudecido
Ecoando na masmorra fétida e atroz.

Decompõe-se meu corpo esvaecido
Regozijo-me fulgurosa na luz veloz
Acordo! Vejo-te novamente comigo!

Lu Lena

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.