Sendas sombrias onde a escuridão predomina,
onde habitam criaturas de expressão ferinas,
o reduto dos proscritos, o reino da bestialidade,
o extremo inferior da infinita escala espiritual,
onde a energia são fluidos sufocantes do mal,
onde ressoa rugidos e blasfêmias da insanidade.
Mundo sombrio onde a luz do amor não ilumina,
onde a lei soberana, evolutiva, não se descortina
tisnando no horizonte os revérberos da claridade,
onde o sentimento da fraternidade não acontece,
onde não existe perdão, nem a elevação pela prece,
pois trazem na alma a couraça da incredulidade.
Assim viverão através dos séculos indefinidamente,
quando a luz difusa da razão descortinar na mente
dissipando as trevas da ignorância que escraviza.
Haverão de corrigir o comportamento degradante,
iniciarão pela fé a trajetória dos eternos viajantes,
em busca do outro extremo da escala que diviniza.