UM DEMÔNIO NA CIDADE DOS ANJOS

Não sei onde estou agora,
Perdido na selva de animais,
No inferno de santidade,
Onde predadores impiedosos estão querendo me devorar.
Absorver tudo de mim,
E jogar-me sem energia num chão frio.

Venha morte, veremos se és forte!
Aguardo-te sentado à mesa.
E sairás de lá ferida sendo minha companheira.
Tu és cheia de absurdos que chamas de glória.
E um dia te disseram que eras parte da história.
E acreditaste estúpida meretriz.

Morte! Quando fores, não serei mais,
Mas enquanto eu estou tu e que ficas na estação, porto ou cais.
Aguardando o primeiro trem, iate ou navio onde possas depositar sua foice.
Podre, repleta de ignomínias e perversão.

Foi-se tarde, foi-se embora,
Não bata em minha porta,
Ou mando ao teu encontro meus animais.
Todas as hienas, todos meus chacais,
Implacáveis na arte de combater,
E ansiosos o momento de vencer-te.

Caia diante de mim! Sofra, pois quero vê-la assim.
Sua glória perdeu-se no caminho.
E agora irá seguir ansiosa por toda a estrada
E verás que não és tão aguardada
Odiada sim, e amaldiçoada também.
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