Dor que não finda

A caminho do amor, em meio, ando
Sem saber na vida sua essência
Sem conhecer seu sabor, nem mesmo quando
Sentirei, enfim, sua existência

Vinte anos vividos, quanto é triste
Fingir que o sorriso é verdadeiro
Tamanha é a tristeza que me insiste
Que o dia parece o derradeiro!

Na imensa solidão que me tortura
Peito cravado, meu Deus! Dor que não finda
Preces faço, cheio de amargura
Com a pouca fé que trago ainda

Nada mais me resta. Tudo me apavora!
E lentamente em mim a mágoa se derrama
Comprovando o desespero de quem chora,
Comprovando a desventura de quem ama.

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