AQUI JAZ (TALVEZ ETERNAMENTE)

Não estou mais interessado em lágrimas,
O amor é algo desonesto e desumano
E a saudade é uma mágoa que já teve mais importância,
Mas hoje passa solitária.
O machado corta a madeira que lhe concede o cabo.
E essa dor não quero mais.
E eu que acreditei poder mudar o passado!
Mas a foice cortou os últimos sândalos perfumados.
E a dor é pela escravidão.
E a dor do descaso que não fez caso de desaparecer.
E agora chegará o dia que seu nome não será lembrado.
E olha que lutamos contra as grades! Lutamos contra o desalento!
E lutamos para que a vida mantivesse a sua compaixão.
Mas a vida nada pode fazer, a não ser respeitar a escolha do destino,
Que num desatino duradouro foi escolhido.
Como ela fez um estrago!
Ainda bem que o sol que nunca brilhou é que deixou o dia.
Sempre acreditei que ele brilharia,
Mas o que ontem foi estrela, hoje pode estar gelado numa lavanderia.
Incontestável e Mórbida Lavanderia!
Mas a lua brilha forte, e ela deve eternizar a noite, que de tão intensa sempre substituiu o dia.
E o vidro quebrou o espelho;
Que sempre foi fosco, mas que eu acreditei poder um dia refletir.
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