Versos a cantora II
II
"Um doce olhar da sedução, ó musa da ardência!
Lembra-te! O beijo da vulcão alça-se à alvorada…
A tua feição sensual, quando ama a entrada;
Sem roupão à bela nudez. A flor da luxúria
Aos meus olhos sedutores, viste o meu beijo…
A tua boca ardente, quando ama o desejo.
Canta! Que a voz maviosa e bela! Ó querida…
Arfando em flor à moda antiga, meu Amor!
O peito amante sem medo, sim à alva erguida!
Neste coração viver o amor? Ama a flor.
De alvor à vida serena,
Encher o seio em segredo;
Viver o coração em cena
À forte margem sem medo,
Da bela Ciara ao culto.
Ver a redenção em peito
Ter o outro seio no luto;
Amar o amigo perfeito.
Sem medo, sobre o viver!
Donde sentiste o jardim?
Sentir o grande jasmim!
Ó grande ardor da mulher!
Só a flor sensual da vara,
Ama-me o fulgor, Ciara!
Ó corpo da ardência! Só ama o bom poeta!…
Em vão! Só a beleza ardente que sente o rosto…
Em sorriso altivo um mar ardente sem posto!
Cantando em sol à flor! Queres a cor completa?
Sim, e bela como violeta. O olhar da alma
Uma mulher virgem à cor, ama a noite calma!
A voz perfeita que chama a flor: Marieta!
Cantemos! Só vive a flor à mulher ardente!
Cantemos! Só ama o sol, à frente de calor;
Arfando em nudez à flor, ó Ciara quente!
Ó Ciara eterna! Sente a luxúria de amor."
Autor:Lucas Munhoz