Sereno

Ele tocava uma sonata ao piano
Dentro de um quarto velho
Onde todo o mundo se parece tão pequeno.
De repente surgiu uma lágrima
Que o fez se afogar em amor
E a lembrança como um intruso
Fez o peito queimar em sentimento
E ferver o sangue em suas veias.
Então sentiu a dor da paixão
E interrompeu as notas da música,
Levantou-se do piano em lágrimas
Que lhe inundavam o semblante,
Sofrendo uma dor tão cruel,
Desejando ser melhor a morte
(para juntar-se ao seu amor),
Mas a música não lhe fugia,
Então retornou ao piano
E novamente tocou a sonata,
Trazendo lembranças de noites tão serenas,
Onde a lua cintilava sobre o mar
Com o céu enfeitado de estrelas,
Agora o amor lhe pareceu tão suave
Que um sorriso desenhou-lhe os lábios,
Em seu rosto agora tão sereno.

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