SERÁ UM ADEUS (preferida do autor)

Não vá embora, fique um pouco mais,
Só você me fez fechar os olhos e não olhar pra trás.
Percebi que nesse jardim secreto torna-se infinito o céu sem razão
Nascemos para ser rebeldes! Naquela exata noite onde todos festejavam,
Ouvíamos a letra simples dessa canção.

Não vá embora, fique bem aqui, sussurre doces notas e dance num compasso voraz
É cedo, é tarde, é dia, é noite, é desconcertante e intenso, eu já nem sei mais!
Minhas mãos estão trêmulas e é difícil resistir.
Ninguém conseguiu fazer tão bem como você me faz.

Agora é tarde para procurar as pedras e vestir uma roupa nova.
É exagero, pode até não ser, mas o que você sabe ninguém sabe fazer.
A noite está despertando e podemos ver a cidade!
Deixe o medo rolar pelo despenhadeiro. Que caiam os muros do mundo inteiro
E que o resto seja apenas um ponto perdido em seu espelho.

Não vá embora, o dia acabou de nascer, e a janela, apenas transpira o nosso suor,
Esconde-nos atrás do torpor vergonhoso que não deixamos nos influenciar.
No jogo falso das cartas me perdi e sinto que ainda não me achei.
Por isso, quero deleitar-me, sentir a força de suas costas, a rigidez de suas pernas
Quem sabe até passar todo o dia pensando na manhã; escondidos sob a própria pele,
E dizer o quanto eu queria que à tarde não fosse vã.

E nessa mesa em que venho me sentar,
O chocolate ainda sinto tocar meus lábios.
E o grande guerreiro zomba de mim e grita comigo!
As incertezas latentes que colidiam entre si até tentaram me romper mas,
Tornei-me resistente e não as deixei entrar.
Senti-me invadido como um rio de água doce,
tornando-se salgado pela força das correntes do mar.

Não vá embora, fique um pouco mais,
Só você me fez não olhar para trás.
Quantos já caíram e quantas histórias já perdemos?
Agora somos apenas dois, indomáveis no combate,
Prontos para todos e para o embate. Que venha o fogo então,
E nos liberte das impurezas, e nos torne fino metal.

Não posso pedir, Não vou tentar, Já não posso subir nessa viagem agendada.
Até gostaria que cada degrau se repetisse numa imensa escada,
Num prédio repleto de bocas que se abrem para ver o mundo passar..
Devore-me vida! Me devore a solidão!
Dentre todos que me cercam seus braços são,
Os mais forte que vi, Os mais quentes que senti,
Mas agora você foi embora, Só me resta olhar pra trás.
Você quis partir, e agora estou sozinho,
mas acho que me acostumo com o silêncio dessas noites
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