Uma taça cor de vinho
Suave, doce ou rose
Adoça, tonteia, embriaga
O desejo de ter você
No meio da mesa de centro
De um lado, um vaso de rosas
No outro, um coração que emerge
Bate, bombeia, jorra amor
Da cor do vaso, da rosa e da taça
Mão trêmulas a enchem de sabor
O terror da solidão, sem graça
De um coração que sofre por amor
E dos olhos, gotas que caem
Nas rosas, na taça, na mesa
Lágrimas molhadas em versos
De uma voz embargada e presa.