Os dois amigos apaixonados

Os dois amigos apaixonados

Cena: O primeiro ato

Menino poeta (No papo do quarto)

Amor, quero o teu peito do carinho;
Da amizade, e que sorve os nossos peitos
Amiga, meu amor… Meu coração!
Amor, vamos dormir em nossos leitos!?

Amiga poetisa

Sim, vamos!… Meu querido encantador!
Vamos dormir em leito, meu amor.

Menino poeta

Vamos, senti-me a luz sobre as cortinas
Que não abre as janelas, os bons sonhos…
Durmamos bem, querida… Boa noite!
Juntos, que esconde os sonhos mais risonhos.

Não me diga a palavra: "Chega! Chega!"
Só podemos dormir na doce alcova,
Sim, mas que nunca calha a maior briga
Sou doce, com que a lira me comova.

Amiga poetisa (Juntam-se ao leito)

Prometo, apenas sonha o meu carinho
Sem vil, sem dor, sem Demo, sem maldade
Só sempre te amo, quer beber o vinho?

Toma, que o vinho fala de amizade
Que me deixa feliz, que escreve bem
Eis o maior labor, ei-lo a bondade…

Menino poeta

… Que é tão doce, e o sabor que eu já bebi
Sou sim, o teu amigo que te adora
No que vê tanto jugo, ali na casa
Boa-noite, meu anjo, mas não chora!

Amiga poetisa

Pois, o mancebo amável, que te adoro!
Eu, a donzela amável, que nem choro!

A Poesia, e o jovem que me encanta
Lembro-me, o teu soneto que já canta…

Amei! Quero dormir contigo, o amigo
Ó meu doce menino! Ó meu abrigo!

Vejo-o, como o menino dos sonetos;
Ó meu gênio! Ó meu anjo! Ó meus afetos!

Sei mui bem entre os gênios amigáveis;
Pelos versos perfeitos e adoráveis.

Escreve, os teus lampejos do menino
Meu amigo, que segue o teu destino.

Que sempre te amo, o meu doce Romeu
Do beijo a forte boca, pois é teu!

(Dormem na alcova pela noite inteira, também se juntam o forte carinho na alcova.)

Autor: Lucas Munhoz – 03/04/2012

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