OLHOS DE MEDUSA
Sou louco por teus olhos loucos!
Embelezam-me os teus olhos belos!
Grandes em mistério como as infinitas ou malditas que sejam as horas.
Que não são poucas, porém vãs e inertes.
Em contemplar este brilho louco. Olhar doce e belo!
As horas passaram e logo voltaram. As pálpebras pesaram, dormiram…
Mesmo assim sonharam. Olhar doce e belo!
Latência da alma! Por que só teu olhar me acalma?
Agraciação contra toda amargura, feiura ou loucura.
E as horas, infinitas que são; só me deixaram tentação. Sou louco! Estou louco!
E por pouco, muito pouco, descobri que nunca te amaram.
Medusa do Barroco!
GALAMATO ASSIS. 2006, abril.