O menino poeta
V
Amo-te; como o gênio dos amores,
Que sejas o cultor, estás a amar-me…
Amo-te tanto! Quero-te o teu charme!
A tua voz é bem doce; não chores!
Falas do alvor; pois queres os licores,
Do teu desejo em nudez; sem alarme
Ter na boca a volúpia; estás a olhar-me!…
Amo-te docemente; quanto as flores.
Amo-te; meu amor! Beijo-te a língua!
Íeis o coração por mim; sem choro
Tenho o clarim por me amares a nua…
Entra-me o teu castelo! Amo-te tanto!
Amo-te; porque sou forte, sem soro
Amo-te eternamente; quanto o encanto!
Autor:Lucas Munhoz 12/08/2011